quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Projetos de acompanhamento escolar nas
escolas de Ramalde e Aldoar


No ano seguinte, começei por dar explicações às crianças dos bairros sociais de Ramalde e Aldoar. Com uma duração total de 90 horas em três anos, uma ou duas vezes por semana ia, juntamente com um grupo do colégio, ajudar as crianças destas zonas. Tinham entre 5 e 12 anos. A maioria delas tinha muitos e grandes distúrbios familiares e históricos de família muito contorbados, que faziam da sua educação algo muito instável.

O que basicamente fazíamos era estar com elas, entre as 18h e as 19h30.
Precisavam inconscientemente de companheiros de brincadeiras que lhes ensinassem valores corretos, precisavam de alguém com quem conversar e sobretudo de apoio escolar.

Não foi o trabalho mais recompensante que fiz porque as crianças eram irrequietas e não tinham vontade nenhuma de aprender. Nenhuma mesmo.
Ou seja, não sentíamos aquele feedback e a força para trabalhar que sentíamos noutros projetos que se provavam mais recompensantes. Mas nem por isso desistíamos.
Por isso era desafiante por termos que descobrir estratégias que as cativassem mas por outro lado, iamos percebendo que nem as essas estratégias elas respondiam.

Só no final de cada ano, quando nos mandavam cartas a agradecer por tudo, quando já vinham ter conosco a pedir ajuda e nos pediam para brincarmos e falarmos com eles é que percebíamos que aquelas 1, 2 horas por semana eram, afinal importantes para eles.










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